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domingo, 27 de janeiro de 2013

Ouro Preto - MG


Fim de semana especial, em uma das mais belas cidades brasileiras. Ouro Preto guarda em cada uma de suas ruas e becos, um pedaço importante da história brasileira. Muito mais do que estudar sobre ciclo do ouro, inconfidência mineira, Tiradentes e seus compadres ou até mesmo o triste período de escravidão, pisar onde esses personagens pisaram e enxergar praticamente a mesma cidade que enxergavam é de tirar o fôlego.

Pegamos o ônibus de Belo Horizonte a Ouro Preto às 10h00. A empresa que faz o trajeto é a Pássaro Verde com ônibus disponíveis de hora em hora. O valor da passagem é R$ 24,70 e o percurso dura em média 2h pelas rodovias BR040 e BR356, belas estradas entre montanhas, além de estarem em boas condições.

Ao chegarmos na rodoviária, encontramos um PIT (Posto de Informações turísticas) na plataforma de desembarque. Infelizmente não havia mapas, entretanto o atendente soube nos indicar uma bela pousada que nos pareceu ter o preço em conta, cerca de 300 metros dali. O Nome do albergue é Pousada São Francisco de Paula, e sem dúvida é nossa indicação para quem vier a Ouro Preto, tanto ela ótima localização, quanto pela receptividade de seus proprietários. Ao chegarmos na pousada, percebemos que, na verdade, ela é um albergue. Pensamos que a escolha do título se deve à restrição brasileira em relação ao nome “albergue”, mais conhecidos como hospedarias para moradores de rua. Devemos afirmar que esses são alojamentos distintos e que albergues são, na maior parte das vezes, a melhor opção para pessoas que desejam economizar durante a viagem, além de o ambiente de um albergue proporcionar incríveis interações com viajantes de todos os cantos do mundo. Dessa vez conhecemos os argentinos Abraão e sua adorável filha Luna de apenas 12 anos, já amante das longas viagens. Os dois pretendem fazer nos próximos meses o mesmo roteiro que nós estamos planejando. Tomara que os encontremos novamente. Ficamos nesse albergue próximo à rodoviária por RS 35,00 por pessoa em quarto compartilhado por 4 pessoas, entretanto apenas Felipe de Germânia se alojou conosco e nos permitiu tirar a ferrugem do inglês . Caso prefira a privacidade de um quarto de casal, o valor é de R$ 50,00 por pessoa, sempre com delicioso café da manhã incluso. 
 
 

Ouro Preto é patrimônio histórico tombado, o que impede qualquer construção ou alteração nas ruas, prédios ou qualquer outra estrutura desse destino. A cidade preserva rigorosamente as estruturas do século XIII, de forma que andar nas ruas de Ouro Preto nos dá a sensação de museu a céu aberto, ou caminhar em um cenário descrito em filmes e novelas de época. Impressionante!
 
 

Existe uma infinidade de museus e igrejas históricas a serem visitados. Conseguimos visitar muito pouco do que nos era oferecido devido ao curto período de visitação, portanto vou escrever apenas sobre alguns pontos que tivemos a oportunidade conhecer:

Casa dos Contos: o casarão data de 1784 e pertenceu a João Rodrigues de Macedo. Hoje tombado, trata-se de um museu assumido pelo Ministério da Fazenda e conta a história da economia brasileira através de um grande acervo de moedas e utensílios para a fabricação das mesmas. A casa mantém sua estrutura original – restaurada, em alguns cômodos –, além de uma senzala, que abriga as ferramentas de aprisionamento, tortura e trabalho dos escravos, além de uma página de jornal com “procura-se” de escravos fugidos. Ao lê-la, torcemos pelos escravos como se tivessem acabado de se libertar perigosamente. A casa dos contos funciona de segunda a domingo, porém com horários de difícil memorização: Segunda – 14h às 18h; Terça a Sábado – 10h às 18h; Domingo e feriados – 10h às 16h.
 


 
Museu de Mineralogia: a construção data de 1877. Com uma exposição de inúmeros exemplares incríveis de fósseis, esqueletos reconstituídos conchas e pedras das mais variadas cores. É muito legal. O horário de funcionamento é de Terça a Domingo – 12h às 17h30.
 
 

A cidade está muito bem servida de informação turística, existem diversos postos de informação espalhados pelas ruas e praças. Além de destino turístico, a cidade também abriga a Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP, o que gera a movimentação de dois segmentos de pessoas: turistas e estudantes. Esse fator influencia muito no custo de vida, ao menos o centro da cidade. Não é fácil encontrar um restaurante ou bar com pequenos preços por ali, e é claro que quem procura antes de consumir certamente encontra um produto mais barato. Almoçamos em um restaurante e padaria na Praça Tiradentes chamado Maria Bonita a R$9,00. O cliente se serve uma vez a vontade, mas apenas uma vez! Além disso, o lugar tem sanduíches e salgados a preços acessíveis, e um atendimento bastante atencioso. No final da tarde da tarde tomamos algumas cervejas em um boteco também no centro chamado Satélite, na rua Conde de Bobadela, 97, Centro, cuja conta não ficou super barata, mas ao mesmo tempo nenhum absurdo. A vantagem é que o bar oferece meias porções por um precinho camarada e quantidade razoável para duas pessoas. Pagamos R$8,50 em meia porção de calabresa e não passamos vontade. Uma curiosidade foi o preço da cerveja, R$5,50 a Antártica e R$ 6,00 Bohemia, Original e Heineken. Chamamos nosso vizinho de quarto, o argentino Abraão e a pequena e adorável Luna que passavam pela calçada e tomamos cervejas (suco para Luna), algumas cachaças e jogamos dominó até a hora de irmos descansar e produzir um pouco de artesanato pra seguir viagem.
 
 

Pampulha, Belo Horizonte - MG






Mirante, Belo Horizonte - MG




Mineirão, Belo Horizonte - MG


Mangabeiras, Belo Horizonte - MG







Cidade Administrativa, Belo Horizonte - MG

Cidade Administrativa, Belo Horizonte - MG

Cidade Administrativa, Belo Horizonte - MG

Cidade Administrativa, Belo Horizonte - MG