Saimos do bairro Gutierrez onde estamos hospedados e tomamos um ônibus para a região central da cidade com muita facilidade. O sistema de transporte em BH parece funcionar bastante bem, com uma grande quantidade de veículos por linha.
Algo que nos chamou muito a atenção foi o projeto Leitura Para Todos. A iniciativa da faculdade de Letras da UFMG divulga textos da literatura brasileira e internacional, além de textos sobre conhecimentos gerais na traseira de cada assento do coletivo. Dessa maneira, ao se sentar em uma poltrona, tem sempre uma lamina pendurada em sua frente. A implantação da ideia surgiu a partir da constatação do hábito pobre de leitura dos habitantes da cidade, associado ao difícil acesso às poucas bibliotecas públicas de Belo Horizonte. Incrível.
Ao chegar ao centro, encontramos um artesão local com quem conversamos um pouco sobre a possibilidade de exposição e venda de trabalhos (trouxemos cadernos, patuás e macrâmes). O artesão, que se identificou como Magrão, nos disse que a venda de artesanato em espaços públicos foi liberada recentemente por alguma lei que não soube definir ao certo, de forma que qualquer cidadão possa expor seu trabalho em qualquer lugar. Tiraremos a prova e esperamos trazer boas notícias realmente. Para quem precisar de material pra artesanatos a dica é a galeria Ouvidor localizada na Rua São Paulo, 565 - Centro. O terceiro andar é só de lojas para o artesão.
Seguimos para comprar as passagens que utilizaremos na segunda feira para Vitória. Em Belo Horizonte existe uma linha de trem que leva até Vitória - ES. A viagem acontece uma vez por dia, sai de BH às 07h30 com chegada prevista em Vitória às 19h30. A classe econômica custa R$ 56,00 e a executiva R$ 87,00. Compramos a econômica, por questões óbvias.
Caminhamos pelas ruas centrais da cidade, constituidas de ladeiras impressionantemente íngremes. Chegamos ao esperado Mercado Central, localizado na Rua Augusto Lima, 774 - Centro. O mercado é muito grande de maneira que é complicado especular a quantidade de lojas devido a dinâmica de grande rotatividade entre os lojistas. Fácil é dizer que o espaço é um paraíso gastronômico, além de proporcionar experiências a todos os sentidos, com restaurantes, bares, lojas de temperos, doces e muito queijo. Existem também diversas lojas de artesanato local e lojas de animais, cujo trato com a "mercadoria" é questionável. É claro que não poderiam faltar as cachaças mineiras, centenas de rótulos, sabores e aromas tão diversificados que é fácil passar uma tarde por ali fazendo algumas compras e degustações e é claro, sair bêbado. Infelizmente não carregamos conosco a câmera, portanto emprestamos uma foto do Mercado Central para ilustrar o passeio.
Em breve postaremos uma galeria de fotos que atualizaremos constantemente!